Dados

Óbitos por dengue no Estado se concentram na população idosa

Óbitos por dengue no Estado se concentram na população idosa

Foto: Eduardo Ramos

O Rio Grande do Sul já registrou 11 óbitos por dengue em 2023. Desse número, oito foram de pessoas com mais de 60 anos.  A proporção entre os idosos também foi verificada no ano passado. Entre as 66 mortes pela doença ocorridas em 2022, 79% foram nessa faixa etária.

 A informação consta no boletim epidemiológico municipal atualizado nesta segunda-feira (24). Até o momento, 194 casos da doença foram confirmados no município.

A enfermeira responsável pelo Programa de Arboviroses (doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti) no Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Catia Favreto, explica que os idosos estão mais sujeitos à hospitalização e ao desenvolvimento de formas graves da doença:

– Esses indivíduos são mais vulneráveis às complicações decorrentes de dengue, entre outros aspectos, por possuírem sistema imunológico menos eficiente e a possível existência de outras doenças crônicas associadas, além do fato de se desidratarem com mais facilidade. Por isso, a avaliação clínica deve ser criteriosa, a fim de evitar complicações pela demora na identificação e no tratamento da infecção grave por dengue, quando presente.

Em números

Óbitos por dengue em 2023 por faixa etária

  • 20 a 29 anos: 1
  • 40 a 49 anos: 2
  • 60 a 69 anos: 2
  • 70 a 79 anos: 1
  • 80 anos ou mais: 5

Óbitos por dengue em 2022 por faixa etária

  • 1 a 4 anos: 1
  • 10 a 14 anos: 1
  • 30 a 39 anos: 4
  • 40 a 49 anos: 6
  • 50 a 59 anos: 2
  • 60 a 69 anos: 10
  • 70 a 79 anos: 22
  • 80 anos ou mais: 20

As faixas etárias não citadas não registraram óbitos nos períodos considerados.

Santa Maria

  • Casos confirmados – 189
  • Casos em investigação – 317
  • Número de internações em suspeita de dengue – 23

Outro dado que demostra a suscetibilidade dessa faixa etária é a comparação nas proporções entre os casos confirmados e os óbitos. Em 2022, os idosos representaram 17% dos casos e 79% dos óbitos (52 dos 66 óbitos). Neste ano (até o dia 23 de abril), a população acima dos 60 anos representa 26% dos casos confirmados e 73% entre as mortes em virtude da doença (8 entre as 11 mortes).

Sintomas

  • febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias
  • dor atrás dos olhos
  • dor de cabeça
  • dor no corpo
  • dor nas articulações
  • mal-estar geral
  • náusea
  • vômito
  • diarreia
  • manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira

Diante dos primeiros sintomas de dengue, é importante buscar atendimento médico nas Unidades de Saúde da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, pode ser realizado o diagnóstico oportuno e a eliminação dos riscos de agravamento da doença, que pode levar a óbito.


No atendimento médico, a partir de diagnóstico clínico e de exames laboratoriais, são avaliados os fatores de risco, a faixa etária da pessoa, as comorbidades e o quadro da doença. O diagnóstico de casos suspeitos deve levar em consideração as questões epidemiológicas, como, por exemplo, se o local de moradia ou trabalho do paciente está infestado pelo mosquito Aedes Aegypti ou se existem outras pessoas com dengue na região.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

imagem Redação do Diário

POR

Redação do Diário

leitor@diariosm.com.br

Anterior

Piso da enfermagem: sindicatos afirmam que empresas tiveram tempo para se adequar e serão notificadas se descumprirem normas

Próximo

Santa Maria confirma quatro óbitos em decorrência da Covid-19

Saúde